domingo, 29 de março de 2015

Homilia do Pe. Fantico Borges, CM – Domingo de Ramos – Ano B

Homilia do Pe. Fantico Borges, CM – Domingo de Ramos – Ano B

Cravar em nossa carne os cravos da salvação
Jerusalém é a cidade do Messias; nele deveria manifestar-se o Reino de Deus. O Senhor Jesus, ao entrar nela de modo solene, realiza a esperança de Israel. Por isso o povo grita: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” Hoje, com nossos ramos levados em procissão, fazemos solene memória desse acontecimento e proclamamos com nossos cânticos que Jesus é o Messias prometido! Também nós cantaremos daqui a pouco: Hosana ao Filho de Davi!
Mas, atenção! Este Messias não vem como rei potente, num majestoso cavalo de guerra, símbolo de força e poder! Ele vem num burrico, usado pelos servos nos seus duros trabalhos. Ele vem como manso e humilde servo! Eis o escândalo que Israel não suporta! Hoje, seguir o Cristo em procissão é estar dispostos a aceita-lo como Messias que tem como trono a cruz e como coroa os espinhos! Segui-lo pela rua é comprometer-se a segui-lo pela vida!
O mistério que hoje estamos celebrando – a Paixão e Morte do Senhor – e vamos celebrar de modo mais pausado e contemplativo nesses dias da Grande Semana, foi resumido de modo admirável na segunda leitura desta Eucaristia: o Filho, sendo Deus, tomou a forma de servo e fez-se obediente ao Pai por nós até a morte de cruz. E o Pai o exaltou e deu-lhe um nome acima de todo nome, para nossa salvação! Eis o mistério! Eis a salvação que nos foi dada!
Mas isso custou ao Senhor! É sempre assim: os ideais são lindos; coloca-los na vida, na carne de nossa existência, requer renúncia, lágrimas, sangue! Foi assim com o nosso Senhor; é assim conosco! É na dor da carne da vida que o Cristo nos convida a participar da sua cruz e caminhar com ele para a ressurreição. Infelizmente, nós, que aqui nos sentamos à mesa com ele, tantas vezes o deixamos de lado: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato!” – Eis! É para nós esta palavra! Comemos o seu Pão ao redor deste Altar sagrado e, no entanto, o abandonamos nas horas de cruz: “Esta noite vós ficareis decepcionados por minha causa!” – Que pena! Queríamos um Messias fácil, um Messias que nos protegesse contra as intempéries da vida, que fosse bonzinho para o mundo atual.
Irmãos, que vos preparais para celebrar estes dias sagrados, não vos acovardeis, não renegueis o nosso Senhor, não o deixeis padecer sozinho, crucificado por um mundo cada vez mais infiel e ateu, um mundo que denigre o nome de Cristo e de sua Igreja católica! Cuidado, irmãos! Não é fácil, não será fácil a luta: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca!”  É preciso sempre pedir a Deus a graça de estar sempre atentos para não cair em tentação.
Para sermos verdadeiramente cristãos temos que sempre sujeitar-nos aos preceitos de Deus. Ensina Santo Ambrósio "que quem ama os preceitos do Senhor, sujeita com cravos a própria carne, sabendo que, quando seu homem velho esteja com cristo crucificado na cruz, destruirá a luxuria da carne". Sujeita-a com cravos e terás destruído os incentivos ao pecado. diz ainda Santo Ambrósio que "está cravado com estes cravos quem morre com Cristo para ressuscitar com ele; está cravado com estes cravos quem leva em seu corpo a morte do Senhor Jesus; está cravado com estes cravos quem merece escutar, dito por Jesus: grava-me com um selo em teu braço, como um selo em teu coração, porque é forte o amor como a morte, é cruel a paixão como o abismo. Grava, portanto, em teu peito e em teu coração este selo do crucificado, grava-o em teu braço, para que tuas obras estejam mortas ao pecado." Bem-aventurado o que merece cravar estes cravos de Jesus em seu corpo. Santas feridas e sagradas chagas dos que morrem em nome de Jesus Cristo!
Neste momento da nossa fé devemos nos perguntar: que tipo de cristão sou eu? Sou capaz de gravar o selo do temor e do amor de Deus em mim? Mereço o nome de Cristão? Com qual multidão me pareço, com a que gritava "Hosana, Bendito" ou com a que bradava "crucifica-o?  Para essas respostas é necessário olhar fielmente para seus atos e obras! Mostra-me o que fazes e direi quem és!!!
Que a paixão de Cristo reacenda em nós a chama da entrega ao Reino de Deus e que com Maria percorramos o caminho do Calvário de Jesus Cristo. Amém


domingo, 22 de março de 2015

Homilia do Padre Fantico Borges do V Domingo da Quaresma – Ano B

Homilia do Padre Fantico Borges, CM do V Domingo da Quaresma – Ano B 2015

Pela Cruz de Jesus Cristo seremos salvos
Estamos nos aproximando da Semana Maior da fé cristã. Aqueles dias intensos nos quais celebraremos o mistério da nossa salvação. Tão perto de tão grandes acontecimentos, é maravilhoso poder escutar essas palavras de Jesus na Missa de hoje: “E quando eu for levantado da terra atrairei todos os homens a mim” (Jo 12,33).
Contemplamos Jesus levantado na cruz estendendo-se a todos os pontos do cosmo.  A cruz do Senhor atrai. Pela cruz Cristo redime, resgata, recapitula a criação inteira. Sem a cruz a gloria fica sem méritos, esvaziando o sentido da ação de misericórdia. Quem deseja um cristianismo sem cruz, sem provação e renuncias nunca alcançará a realidade última da fé. A cruz que é sinal do pecado é também prova de fidelidade e obediência. A Cruz é reveladora tanto da grandeza de Deus quanto da feiura do pecado. A graça chega até nós através do Mistério da Cruz, motivo suficiente para que amemos a Santa Cruz. No seguimento do Crucificado, o cristão vive no Pneuma, no Espírito Santo, e não na carne. Aquele que renasceu “da água e do Espírito” (Jo 3,5) sabe que ad altioranatus est, nasceu para as realidades superiores. Para conseguir chegar até lá tem que lutar e mortificar-se naquilo que tem de carnal.
Através da árvore da Cruz se pode ter acesso à árvore da vida que está no Paraíso. O ser humano, depois de ter sido expulso do Paraíso, não teve mais acesso à árvore da vida; Deus “colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn 3,24). A árvore da Cruz e árvore da Vida, para alguns Padres da Igreja, se identificam: Crux Christi est lignum vitae, a cruz de Cristo é o lenho da vida (S.AtanasioSinaíta). A Cruz aparece como condição necessária para aceder à árvore da vida e graças à satisfação que Cristo ofereceu ao Pai, podemos aceder novamente à árvore da vida.
Na busca de ver a Jesus temos sempre que experimentar o amargo sabor da abstinência, do Jejum das paixões, da superação dos vícios e etc. São Pedro Crisólogo fala que temos que experimentar o deserto da tentação para alcançarmos o paraíso. O santo diz que " Fortalecidos pela força da graça, declaremos guerra ao pecado, decidamos lutar contra crimes, declaremos hostilidade aos vícios seguro da vitória porque nenhum inimigo terrestre poderá ser superior aos armas celestes, nenhum adversário mundano poderá opor-se ao divino Rei." (In. São Pedro crisólogo, Homilia 12 sobre a quaresma).   
No seguimento a Jesus se desejamos vê-Lo o caminho da Cruz, o caminho da obediência a Deus, o caminho da semente lançada à terra, que não fica só, mas, morrendo, produz muito fruto é o ponto de partida. cabe a cada um seguir os passos do Mestre e onde Ele estiver estará lá seus discípulos.  É chegada a hora de Jesus. Trata-se de sua Paixão e Ressurreição, pela qual Ele se lança totalmente no plano do Pai e realiza plenamente sua vontade.
Diz Jesus: “Se o grão, que cai na terra, morre, produzirá muito fruto.” A fecundidade da vida se manifesta na morte. Jesus vai morrer e nascerá a Igreja… Para conhecer Jesus: devem morrer as seguranças humanas, o apego à própria vida é à sabedoria humana (que os gregos valorizavam tanto)… Deve morrer tudo o que nos afasta do projeto de Jesus, que veio para que todos tenham vida em abundância.
Ao ser pregado na Cruz, Jesus é o sinal supremo de contradição para todos os homens! “Cristo, Senhor Nosso, foi crucificado e, do alto da Cruz, redimiu o mundo, restabelecendo a paz entre Deus e os homens. Que esta quaresma reacenda nosso desejo de VER VERDADEIRAMENTE JESUS ATRAVÉS DE NOSSA ENTREGA A ELE.



sexta-feira, 20 de março de 2015

Admissão ao Sacramento do Batismo

ALGUMAS REFLEXÕES PARA ADMISSÃO
DO SACRAMENTO DO BATISMO


Motivação Teológica

01. Pelo Batismo a Igreja atualiza a mandato do Senhor “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem meus discípulos, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) é o sacramento que nos faz morada da Trindade. Para Paulo, o batizado é sepultado e ressuscitado com Cristo (Rm 6,3-4); nele atualiza-se o mistério pascal de Cristo Exigindo da comunidade a fé: “Quem crer e for batizado será salvo; que não crer será condenado”(Mc 16,16). 

02. O Batismo constitui o início da vida nova em Cristo. Ele configura a pessoa a Cristo, tornando-a filha de Deus. É um sacramento que perdoa os pecados, incorpora à Igreja, permitindo que o catecúmeno (batizando) seja membro do corpo místico de Cristo na comunidade que participa. É uma graça, um dom de Deu que não se repete.

03. “Por conseguinte, a Igreja nada tem de mais importante e de mais próprio do que despertar em todos, catecúmenos, pais e padrinhos dos batizados, aquela fé verdadeira e ativa, pela qual, dando sua adesão a Cristo iniciam e confirmavam o pacto da nova aliança”.[1] E como comprovam os documentos históricos, a Igreja sempre batizou crianças de pais cristãos, por causa da fé de seus pais e padrinhos.[2]

Motivação Canônica

04. O Batismo, porta dos sacramentos, em realidade ou ao menos em desejo, necessário para a salvação, pelo qual os homens se libertam dos pecados, são de novo gerados como filhos de Deus e se incorporam à Igreja, configurados com Cristo por caráter indelével, só se administra validamente pela ablução com água verdadeira, juntamente com a devida forma verbal.[3]

05. Quem não recebe o Batismo não pode ser admitido validamente aos demais sacramentos. Os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, acham-se de tal forma unidas entre si, que são indispensáveis para a plena iniciação cristã.[4]

Motivação Pastoral

06. No cuidado pastoral do Batismo é preciso levar em conta, na perspectiva da fé, a iniciativa de Deus, a resposta do homem e inserção do batizado no povo da aliança como aparece na tríplice dimensão do sacramento: a nova realidade na pessoa do batizado; relacionamento pessoal com Deus; inserção no corpo místico de Cristo.

07. Note-se que, no roteiro da vida cristã, o sacramento do Batismo é uma etapa, normalmente precedida pelas etapas de iniciação do catecumenato. Desta forma, o catecumenato chega ao sacramento, depois de percorrer os caminhos da conversão e da fé. Quando se batiza uma criança antes do uso da razão, o sacramento precede, mas não substitui as etapas de iniciação. Neste caso, admite-se a inversão da ordem, mas não a ausência do processo, através do qual o cristão responde pessoalmente ao dom de Deus e assume sua responsabilidade como membro da Igreja.[5]

08. A comunidade representada por seus pastores, pais, padrinhos e demais membros terão a função de ajudar os batizados a viver a vida cristã e a servir a Deus, pela prática da fraternidade, comprometidos com a construção do Reino de Deus, “exercendo o seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz”.[6]

09. Uma vez que se trata de um sacramento tão importante para a vida da comunidade, a Igreja pede que os pais e padrinhos sejam devidamente preparados antes de levar seus filhos e afilhados para a celebração do Batismo. A preparação ao Batismo deve ser um exercício de acolhimento de toda a comunidade, representada, de modo especial, pelos agentes da pastoral do Batismo. É preciso considerar que esta é uma excelente oportunidade para a Igreja mostrar-se misericordiosa, acolhedora e mãe de todos, especialmente daqueles que a deixaram ou tiveram experiências negativas no seu relacionamento.

10. É necessário que todas as pessoas que vêm a Igreja pedir o Batismo de seus filhos sejam aceitos com carinho e recebidos com alegria. Isso se estende também ao tempo de preparação à celebração do Batismo. Deseja-se que o tempo dedicado à preparação não seja uma mera formalidade, mas um momento de encontro que leve os pais e padrinhos a se prepararem e reverem o próprio compromisso batismal.

11. Cada Comunidade Eclesial deverá ter uma equipe de preparação para o Batismo, à qual compete não só a tarefa de realizar os encontros com os pais e padrinhos, mas visitar as famílias, criando um clima de acolhimento e amizade que facilite a integração na comunidade. Esta equipe deve ter encontros periódicos para aprofundamento e avaliação de seu trabalho.

12. Durante o período preparatório ao Batismo, promovam-se encontros de aprofundamento sobre as seguintes dimensões deste sacramento: dimensão da realidade nova na pessoa do batizado, dimensão do relacionamento pessoal com Deus e dimensão comunitária.

13. Com respeito ao Batismo de adultos, mesmo que os candidatos vivam numa estrutura cristã, é orientação da Igreja seguir a estrutura da Iniciação Cristã, com as etapas do catecumenato, de acordo com a proposta do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos.

14. Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja, usando água e a fórmula: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.[7] Caso sobreviva, o batizando deve ser apresentado à comunidade de fé para que receba os ritos complementares do batismo e seja devidamente registrado no livro de Batismo.


Orientações práticas
Inscrição

15. Para evitar contratempos, é importante que as inscrições sejam feitas com pelo menos duas semanas de antecedência, na secretaria paroquial.

16. Tratando-se de situações irregulares, a inscrição seja feita após entrevista com o pároco ou com agentes da pastoral do batismo, devidamente preparados para instruir em cada caso.

17. A inscrição deve ser um momento de encontro do pároco (ou agente de pastoral designado para isto) com a família do batizando, para que esta possa ser instruída sobre as responsabilidades inerentes ao Batismo. O pároco, assim como a Pastoral do Batismo, deve favorecer a integração da família do batizando na comunidade, fazendo com que a celebração do Batismo seja uma oportunidade de catequese e evangelização. 

18. Para efeito de inscrição, seja apresentada a certidão de nascimento da criança. No caso de já terem feito o encontro preparatório para pais e padrinhos em outra comunidade ou ocasião, deverão apresentar o comprovante de participação.

19. Para se batizar os catecúmenos que vêem de outras paróquias, seja exigido:
- Da mesma cidade: não se exigirá transferência. Em casos necessários, seja exigido o parecer da paróquia de origem;
- De outras cidades do território diocesano: o catecúmeno seja apresentado acompanhado do parecer do pároco ou da coordenação da pastoral do batismo;
- De outras dioceses: o catecúmeno seja apresentado acompanhado da transferência da sua paróquia de origem conforme exige o Código de Direito Canônico. O mesmo procedimento terá que acontecer quando o catecúmeno deseja ser batizado em outra diocese.

Preparação

20. No caso de Batismo de crianças, os pais, e também os que vão assumir o encargo de padrinhos, sejam devidamente instruídos sobre o significado desse sacramento e as obrigações dele decorrentes; o pároco, por si ou pela Pastoral do Batismo, cuide que os pais e padrinhos sejam devidamente instruídos por meio de exortações pastorais através de encontros preparatórios (curso de Batismo), e também mediante a oração comunitária reunindo mais famílias e, quando possível, visitando-as.[8]

21. Esta preparação obrigatoriamente deverá ser feita por todos, em todas as comunidades, devendo ser um momento forte de evangelização. Quanto ao método a ser utilizado, cada comunidade poderá julgar o que parecer mais oportuno: curso, encontros preparatórios, novenas, preparação em famílias, nas Comunidades, entre outros, desde que atinja o objetivo, a criação de um vínculo de participação e pertença à comunidade.

22. No caso das cidades compostas por mais de uma paróquia, o conteúdo e tempo de preparação sigam a mesma orientação, a fim de evitar desencontros e a comunidade perceba que há uma unidade no modo de preparação. Tenha na cidade uma coordenação de Pastoral do Batismo com representatividade das paróquias para formação permanente, integração e dar resposta a casos extraordinários. 

23. Se os padrinhos vêm de outras paróquias, e tiverem feito lá a preparação ao Batismo, deverão trazer um comprovante de participação.

24. Os pais ou padrinhos que forem novamente batizar dentro do território diocesano e já tiveram feito a preparação para o Batismo no prazo de dois anos, sejam isentados de uma nova preparação.

25. De acordo com a orientação do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), as pessoas de 10 a 14 anos terão o itinerário catecumenal adaptado à sua idade antes de receberem os sacramentos da iniciação cristã.

26. Da mesma forma, as crianças em idade de catequese que ainda não são batizadas, seguem a mesma preparação da catequese da Primeira Eucaristia e, como instrui o Ritual de Iniciação Cristã (RICA), sejam batizadas em tempo oportuno, próxima à data de celebração da Primeira Eucaristia, com Rito de Batismo próprio das crianças em idade de catequese.

27. No caso de Batismo de adultos a preparação é feita obrigatoriamente mediante a admissão ao catecumenato, e terá como proposta normativa e de conteúdo as indicações do Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), percorrendo os vários graus, até a iniciação sacramental.[9] É importante que as comunidades tenham catequistas devidamente preparados para iniciar para iniciar estas pessoas na fé cristã e na Igreja. O tempo da quaresma, de acordo com a tradição catecumenal da Igreja, envolve uma preparação mais intensa daqueles que serão batizados na Vigília Pascal.

Padrinhos e madrinhas

28. O Código de Direito Canônico prevê as condições necessárias para ser padrinho ou madrinha na Igreja Católica:[10]
            a. Tenham sido designados pelo próprio batizado, por seus pais, ou por quem lhes faz as vezes;
            b. Tenham no mínimo 16 anos completos;
            c. Sejam católicos, tendo recebido a Confirmação;
            d. Tenham já recebido a Eucaristia;
            e. Levem uma vida de acordo com a fé e o encargo que vão assumir;
            f. Que não tenham sido atingidos por nenhuma pena canônica;
            g. Que não sejam pai ou mãe do batizando.


29. Os casais de segunda união não podem ser admitidos como padrinhos, mesmo que sejam engajados na comunidade.
30. No caso do Batismo de adultos, o próprio catecúmeno escolherá o seu padrinho, com aprovação do pároco, que deverá preencher os requisitos:
            a. Que tenha maturidade para desempenhar tal ofício;
            b. Que esteja iniciado nos três sacramentos, do Batismo, da Eucaristia e da Confirmação;
31. O padrinho, escolhido pelo catecúmeno por seu exemplo, qualidades e amizade, e delegado pela comunidade cristã local, acompanha o candidato não apenas nas celebrações da iniciação cristã, mas também na preparação, ensino e evangelização do catecúmeno. Sua função é igualmente importante após a recepção dos sacramentos, auxiliado o batizado a manter-se fiel às promessas do Batismo.[11]

Batismo de filhos de mães e pais solteiros e casais amasiados

32. A Igreja não tem o direito de negar o Batismo a ninguém que lhe venha pedir. Por um motivo pastoral, contudo, exigirá algumas condições tais como:
a. Pedir garantia de que a criança seja educada na fé cristã e católica;
b. Certifica-se de que o padrinho e madrinha escolhidas sejam aptos e tenham condições de desempenharem sua função adequadamente;
c. Encaminhar os casais de união consensual para o casamento religioso, se o desejarem e se for possível;
d. Em todos casos, sempre se agirá com os critérios da caridade cristã, pensando na salvação da alma da criança.

Celebração do Batismo

33. No caso de Batismo de crianças, existem determinações precisas para a celebração, como segue o elenco:
a. O Batismo seja celebrado de modo vivo e festivo, com cânticos próprios e uma equipe de celebração devidamente preparada para este fim;
b. Incentive-se a participação de familiares do batizando;
c. Evitem-se celebrações particulares por questões de amizade, posses, cargos públicos, ou simonia;
d. É expressamente proibido no território da diocese a celebração do Batismo em locais privados onde não exista ou não se reúna a comunidade de fé, tais como ranchos, casas, oratórios  particulares, etc.;
e. Seja realizado como regra os domingos, ou se possível, na Vigília Pascal.[12]
f. Realiza-se, se possível, durante uma missa dominical;
g. Nas comunidades rurais, sejam realizadas de preferência nos dias de missa na comunidade.

34. No caso de batismo de adultos não seja usado o Ritual para o Batismo de crianças, nem o batismo ser feito na mesma celebração. Para o batismo de adultos deve ser usado o Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA), com as devidas prescrições e liturgia própria, fazendo o adulto passar pelas etapas da iniciação cristã, o catecumenato.[13]

Admissão à plena comunhão da Igreja Católica de pessoas já batizados validamente

35. Para a plena comunhão da Igreja Católica de pessoas nascidas e batizadas validamente numa comunidade eclesial separada, exige-se a profissão de fé e o rito de admissão, para estabelecer a comunhão e a unidade, presente no Rito de Iniciação Cristã de Adultos.[14]

36. Antes da profissão de fé é necessário também fazer uma preparação catequética, adaptada a cada caso particular, de acordo com a necessidade pastoral, para que o candidato aprenda a aderir cada vez mais à Igreja, onde encontrará a plenitude do seu batismo.[15]

37. Visto que o sacramento do Batismo não pode ser repetido, não é permitido conferi-lo de novo, sob condição, exceto se houver dúvidas sobre a validade do batismo já conferido. Ver abaixo, nos números43 a46 a lista das igrejas que batizam validamente, e as igrejas que deixam dúvidas quanto à validade do batismo. No último caso, deve-se estudar cada caso, podendo-se assim administrar o batismo sob condição, a juízo do bispo diocesano.

Batismo de outras Igrejas[16]

38. Igrejas que batizam validamente:
a.  Igrejas Orientais Ortodoxas;
b.  Igreja Vétero-Católica;
c.  Igreja Episcopal do Brasil (Anglicanos);
d.  Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
e.  Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB);
f.  Igreja Metodista.

39. Igrejas em que podem existir dúvidas quanto à validade do Batismo, devendo-se analisar caso por caso:
            a.  Igrejas Presbiterianas;
            b.  Igrejas Batistas;
            c.  Igrejas Congregacionistas;
            d.  Igrejas Adventistas;
            e.  Igrejas Pentecostais:
·         Assembléia de Deus;
·         Congregação Cristã do Brasil;
·         Evangelho Quadrangular;
·         Deus é Amor;
·         Evangélica Pentecostal;
·         Brasil para Cristo;
·         Exército da Salvação.

40. Igrejas que tem o Batismo duvidoso e se requer batizar sob condição:
            a.  Igreja Pentecostal Unida do Brasil;
            b.  Mórmons (negam a divindade de Cristo);
            c.  Igreja Universal do Reino de Deus;
            d.  Igreja Internacional da Graça (Renascer);
          e.  Outras seitas cristãs existentes.

41. Igrejas que batizam invalidamente devendo realizar o Batismo de modo absoluto:
            a.  Testemunhas de Jeová;
            b.  Ciência Cristã;
            c.  Grupos religiosos não cristãos (Umbanda, Candomblé, etc.).
            d.  Igreja Brasileira (Católica Apostólica Brasileira);





[1] A Iniciação Cristã; in: RB, n. 3.
[2] RB, n. 2.
[3] CIC, cân. 849.
[4] CIC, cân. 842.
[5] CNBB, Pastoral do Batismo, n. 2.
[6]Cf. LG, n. 10; Cat., n. 1273.
[7] Cf. Cat., n. 1284.
[8] Cf. CIC, cân. 851 § 2.
[9] Cf. CIC, cân. 851 § 1.
[10] CIC, cân. 872-874.
[11] Cf. RICA, Introdução, n. 43.
[12] CIC, cân. 856.
[13] Cf. RICA, Introdução.
[14] RICA, Apêndice.
[15] RICA, Apêndice, n. 5.
[16] Cf. CNBB, Coleção de Estudos, n. 21 e o CIC, cân. 869, com notas e comentários.

"A Família", alicerce sólido do futuro para a juventude!

"A Família", alicerce sólido do futuro para a juventude!

Não resta a mínima dúvida, de que a Família é e será sempre o espaço privilegiado para se viver, celebrar, transmitir e educar para o dom e o valor da vida. Um dom que reclama de todas as pessoas de boa vontade a congregação de esforços, para que juntos fomentemos e promovamos uma verdadeira cultura da vida para todos. Sem esse lugar saudável que é a família a juventude se torna uma vítima da falência social e governamental. A família é o porto seguro e a escola dos verdadeiros valores humanos e cristãos.

Contra ventos e marés e cada um a seu modo, procuremos colaborar no sentido de um acolhimento alegre e responsável da vida que surge, no respeito e defesa de cada existência humana, no cuidado por quem sofre ou passa necessidades, na solidariedade com os idosos e os doentes, na promoção de melhor qualidade de vida, na responsabilidade com a segurança na estrada e no trabalho. Na formação da consciência ética cristã para nossos filhos e filhas.
Idêntico empenhamento, reclamam certas leis e instituições do Estado que lesam ou visam lesar, de algum modo, o direito à vida desde a sua concepção até à morte natural. A família é a casa da vida. Devemos ensinar com gestos e atitudes aos nossos filhos o valor da vida contra o aborto e tudo que destrói a dignidade da criatura humana.

Está na nossa mão a inversão das tendências atuais, se utilizarmos oportuna e devidamente os mecanismos lícitos ao nosso alcance, num Estado de direito, com regime democrático! O que é próprio das leis e das instituições do Estado, é defender e promover esses valores humanos imutáveis, ao contrário do que tem vindo a acontecer e que as estatísticas e os meios de comunicação social vão revelando.  A nossa luta é pelo respeito a vida constituída por Deus. A vida humana não é um conceito ou uma metáfora que se pode descartar a vida é dom de Deus. 
Sabemos que o futuro da humanidade está intimamente ligado ao desenvolvimento das novas gerações: Pais preparados para dar aos filhos uma boa formação moral e espiritual; escolas construídas para transformar crianças e jovens em cidadãos úteis e responsáveis são os fatores essenciais que promovem o progresso real , verdadeiro. Essa tarefa da família é uma corresponsabilidade de todos e especialmente da “igreja povo de Deus”. Cada católico é chamado a construir no seu estado de vida as condições apropriadas para sustentação desta missão de cada família cristã.
No entanto, essa teoria, que levaria o mundo a ser um lugar melhor para se viver em paz e harmonia, não se verifica na prática. Por outro lado, a população está a envelhecer como comprovam as estatísticas. Os recursos da medicina, felizmente, têm contribuído para o incremento percentual de pessoas em idade mais avançada, inclusivamente nos países menos desenvolvidos...
Ao chegarem à maturidade, as pessoas deveriam poder sentir-se a atuar como transmissores de ensinamentos e cultura às novas gerações de forma a que estas pudessem promover a renovação. Aos jovens cabe o papel preponderante da incessante busca do que é novo para ser integrado no antigo. No entanto, as novas gerações têm vindo a envelhecer precocemente. O impulso revitalizante da adolescência e juventude tem sido desviado para caminhos inadequados, ao contrário do que deveria ser vivido de forma plena, perdendo-se com isso a oportunidade da conquista de melhores condições gerais de vida e felicidade.
Esses fatores nos os sentimos na vivência da fé em varias instancias, a saber, famílias que não conseguem se encontrar como lugar de oração e amor. Pais que não conseguem conversar e formar seus filhos para a renuncia. Filhos que não sabem perdoar e ser solidários com os sofrimentos familiares dos parentes.  Entre tantas outras coisas que poderíamos salientar aqui,isso que já foi colocado nos impinge a pensar: como será o futuro desta geração de filhos que temos hoje?
Fica cadente a necessidade de um processo de conversão mútua. A família é um corpo que precisa caminhar junto, em harmonia. É possível, mesmo com todo o contexto atual construir uma família saldável e santa. Basta fixar o olhar em valores verdadeiros e não ficar buscando em ínfima realidades caminhos alternativos.  Nuca esqueçamos que aFamília é realmente, o alicerce e o baluarte do futuro, a fonte emergente de todos os valores humanos, como ensinava o Beato João Paulo II, “o manancial da humanidade do qual brotam as melhores energias criadoras do tecido social”...


Para refletir:

1)      A família continua sendo uma instituição sagrada diante da sociedade e de Deus? Como você defenderia essa pergunta diante de uma sociedade que desvaloriza a família?
2)      Como educar nossos filhos para o amo que convida a renúncia?




Pe. Fantico Nonato Silva Borges, CM



A estrutura da santa missa

A estrutura da santa missa

A estrutura da santa missa é construída sobre dois grandes pilares: a liturgia da palavra, precedida dos ritos inciais, e a liturgia eucarística, seguida dos ritos finais.
O rito eucarístico que detalhamos a seguir é latino na sua forma ordinária, que é aquele que nos toca. Há, no mundo inteiro, vários outros ritos eucarísticos reconhecidos pela santa Igreja, que se mantiveram por sua antiguidade e fidelidade à doutrina católica: o rito ambrosiano, celebrado em Milão, o moçárabe, em partes da Espanha, o melquita, o maronita, o braguense, a sagrada liturgia de São João Crisóstomo, etc.
A terminologia e as explicações foram obtidas preferencialmente da Instrução Geral sobre o Missal Romano, que pode ser lido aqui, no site. Os ícones com o gestual aqui utilizados foram encontrados na página Pastoralis.
RITOS INICIAIS
A finalidade dos ritos inciais, precedem a liturgia da palavra e têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Sua finalidade é fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.



Entrada
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A celebração começa com o canto de entrada, cuja finalidade é inserir os fieis no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros. Não havendo canto de entrada, a antífona proposta no missal é recitada. Chegando ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda. Em seguida, o sacerdote e o diácono beijam o altar; e o sacerdote, se for oportuno, incensa a cruz e o altar.


Saudação
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Executado o canto da entrada, o sacerdote junto com toda a assembleia, faz o sinal da cruz; a seguir, pela saudação, expressa à comunidade reunida a presença do Senhor.


Ato penitencial
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Realizado por toda a assembleia, por meio de uma confissão geral, e concluído pela absolvição do sacerdote (que não alcança pecados graves). Aos domingos, particularmente, no tempo pascal, pode-se optar pela bênção e aspersão da água em recordação do batismo.


Kyrie
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Se não foi incluido no ato penitencial, o 'Senhor, tende piedade' (Kyrie eleison) é rezado/cantado por todos, para implorar a misericórdia de Deus.


Glória
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O texto deste hino (remonta ao século II) não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si. O Glória é próprio aos domingos (exceto no Advento e na Quaresma) e nas solenidades e festas.


Oração da coleta
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Ao convite do sacerdote ('Oremos'), este diz a oração que se costuma chamar 'coleta', pela qual se exprime a índole da celebração. Conforme antiga tradição da Igreja, a oração costuma ser dirigida à Trindade Santa.
LITURGIA DA PALAVRA
A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação. Integram-na também breves momentos de silêncio, pelos quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus. Convém que tais momentos de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a própria liturgia da palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também após o término da homilia.



Leituras bíblicas
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As leituras conservam a unidade dos dois Testamentos e da história da salvação. Não é permitido trocá-las por outros textos não bíblicos. Por tradição, o ofício de proferi-las é ministerial: deve ser feito pelo leitor. Na ausência deste, pode ser feito pelo sacerdote. Após cada leitura, quem a leu profere a aclamação, respondida pelos demais.


Salmo responsorial
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O salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado do lecionário. De preferência, será cantado, ao menos no que se refere ao refrão. Se não puder ser cantado, seja recitado do modo mais apto para favorecer a meditação da palavra de Deus.


Aclamação ao Evangelho
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Após a leitura que antecede o Evangelho, canta-se o Aleluia, conforme exigir o tempo litúrgico. Tal aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, por meio do qual os fieis acolhem o Senhor que lhes vai falar no Evangelho. Na Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário.


Leitura do Evangelho
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É o ponto alto da liturgia da palavra. A própria liturgia ensina que se lhe deve manifestar a maior veneração, uma vez que a cerca mais do que as outras, de honra especial. O Evangelho é lido pelo sacerdote.


Homilia
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É proferida pelo próprio sacerdote celebrante ou por ele delegada a um sacerdote concelebrante ou, ocasionalmente, a um diácono, nunca, porém, a um leigo. Em casos especiais e por motivo razoável a homilia também pode ser feita pelo Bispo ou presbítero que participa da celebração sem que possa concelebrar. É obrigatória aos domingos e festas de preceito, não podendo ser omitida, salvo por motivo grave. Após a homilia convém observar um breve tempo de silêncio.


Credo
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Ao rezar o Credo, os fieis respondem à palavra de Deus anunciada da Sagrada Escritura e explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé através de fórmula aprovada para o uso litúrgico, recordar e professar os grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua celebração na Eucaristia. Deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades.


Oração universal
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Cabe ao sacerdote dirigir a oração. Ele a introduz com breve exortação, convidando os fiéis a rezarem e depois a conclui. As intenções são pelas necessidades da Igreja, pelos poderes públicos, pela salvação de todo o mundo, pelos que sofrem e pela comunidade local. Outras podem ser agregadas de acoso com a ocasião (matrimônio, exéquias etc.). As intenções são proferidas do ambão pelo diácono, pelo cantor, pelo leitor ou por um fiel leigo.
LITURGIA EUCARÍSTICA
É a parte central da missa. Traz presente a última ceia, quando Cristo instituiu o sacramento eucarístico. A Igreja dispôs toda a celebração eucarística de modo a corresponder às palavras e gestos de Cristo: na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos; na oração eucarística, rendem-se graças a Deus por toda a obra da salvação e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo; pala fração do pão e pela comunhão os fieis, embora muitos, recebem o Corpo e o Sangue do Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo como os apóstolos, das mãos do próprio Cristo.



Preparação das ofertas
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O sacerdote prepara o altar colocando nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência. A seguir, trazem-se as oferendas, que podem ser levadas pelos fieis, até o sacerdote. O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas estabelecidas; o sacerdote pode incensar as oferendas colocadas sobre o altar e, em seguida, a cruz e o próprio altar. Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, como rito de purificação.


Oração sobre as ofertas
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Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a Oração eucarística com o convite aos fieis a rezarem com o sacerdote, e com a oração sobre as oferendas. O povo, unindo-se à oração, a faz sua pela aclamação 'amém'.


Oração eucarística
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O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo. A oração eucarística exige que todos a ouçam respeitosamente e em silêncio.

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Ação de graças - o sacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica a Deus e lhe rende graças por toda a obra da salvação ou por um dos seus aspectos, de acordo com o dia, a festividade ou o tempo.

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Santo - aclamação pela qual toda a assembleia, unindo-se aos anjos, louva a Deus.

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Epiclese - a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados e que a hóstia imaculada se torne a salvação daqueles que vão recebê-la em comunhão.

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Consagração - pelas palavras e ações de Cristo, se realiza o sacrifício que ele instituiu na última Ceia, ao oferecer o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinha, e entregá-los aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério.

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Anamnese - a Igreja faz a memória do próprio Cristo, relembrando principalmente a sua bem-aventurada paixão, a gloriosa ressurreição e a ascensão aos céus.

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Oblação - a Igreja, em particular a assembléia atualmente reunida, realizando esta memória, oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada.

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Intercessões - pelas quais se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre, que a oblação é feita por ela e por todos os seus membros vivos e defuntos, que foram chamados a participar da redenção e da salvação obtidas pelo Corpo e Sangue de Cristo.

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Doxologia final - rezada somente pelo sacerdote, é confirmada pela assembleia, com um solene 'amém'.


Pai Nosso
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O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o sacerdote acrescenta sozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia.


Rito da paz
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Oração dita somente pelo sacerdote, por meio da qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana. A saudação entre os fieis há de ser sóbria e apenas aos que lhe estão mais próximos.


Fração do pão
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O sacerdote parte o pão eucarístico, ajudado, se for o caso, pelo diácono ou um concelebrante. O sacerdote coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor. Entoa-se, então, o Cordeiro de Deus, respondido pelos fieis.


Comunhão
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sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio. A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as palavras prescritas do Evangelho. Enquanto o sacerdote recebe o sacramento, entoa-se o canto da comunhão que se estenderá à comunhão dos fieis. Para encerrar todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere a oração depois da comunhão, em que implora os frutos do mistério celebrado.
RITOS FINAIS
Nos ritos de encerramento temos breves comunicações, se forem necessárias; saudação e bênção do sacerdote, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra fórmula mais solene; despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus; o beijo ao altar pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo sacerdote, o diácono e os outros ministros.


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Homilia do XVIII Domingo do Tempo Comum (Ano C) Um homem vem a Jesus pedindo que diga ao irmão que reparta consigo a herança. Depois ...